A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, contagiada com o vírus do Ébola, permanece estável dentro da condição grave, embora haja indícios que podem justificar alguma esperança, disse hoje fonte do Ministério da Saúde.

Numa conferência de imprensa convocada de urgência para a presidência do governo, o Palácio de La Moncloa, o diretor do Centro de Alertas e Emergências do Ministério da Saúde espanhol, Fernando Simón, deu conta da evolução de Romero.

A auxiliar de enfermagem, a primeira infetada com o vírus do Ébola fora de África, está internada desde segunda-feira no hospital Carlos III de Madrid.

“Parece que a carga viral está controlada e a reduzir-se”, explicou Simón, adiantando, no entanto, que “é preciso ser prudente com uma pessoa com Ébola, que está sempre numa situação crítica, dado que outros órgãos podem ser afetados”.

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Fernando Simón, que integra o comité de crise espanhol constituído para coordenar e gerir a resposta à situação do vírus Ébola, disse que esta comissão está a trabalhar com “todos os cenários possíveis a partir de agora” porque o Ébola evolui de uma forma “muito diferente” do que foi antecipado a nível mundial.

A epidemia já causou mais de 4.000 mortos desde dezembro de 2013, maioritariamente na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.

O responsável precisou que Espanha está em contacto permanente com a Organização Mundial de Saúde e com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

Além de Teresa Romero, de 44 anos, estão hospitalizadas outras 15 pessoas naquele hospital madrileno, incluindo o marido da auxiliar de enfermagem, por terem estado em contacto direto com ela quando a doente já podia transmitir o Ébola. Estas pessoas em observação não registam sintomas da febre hemorrágica.