O antigo presidente da Assembleia da República (AR) não será candidato às eleições presidenciais em 2016. Jaime Gama, de 67 anos, terá dito a António Costa, líder do PS, que neste momento não está disponível para voltar à política, de acordo com o jornal Económico.

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros afasta-se, assim, da corrida a Belém, depois de ter visto o seu nome ser avançado por vários socialistas como alternativa a António Guterres. Sérgio Sousa Pinto foi um dos socialistas que se pronunciou favoravelmente sobre uma eventual candidatura de Jaime Gama. Em declarações ao Observador, Sousa Pinto descreveu o antigo presidente da AR como um “bom candidato” para assumir o lugar de Aníbal Cavaco Silva.

Francisco Seixas da Costa também partilhava dessa opinião. O ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus defendeu no seu blogue que o nome de Jaime Gama era, de longe, “aquele que me parece indiscutível como podendo encarnar uma candidatura presidencial de altíssima craveira”, acrescentado que Gama era “um dos mais qualificados e bem preparados quadros políticos de que o país hoje dispõe”.

Ainda assim, tal não terá convencido Jaime Gama a avançar para Belém. Segundo a mesma publicação, a sua ausência no XX Congresso do Partido Socialista terá sido entendida por membros daquele partido como uma pista decisiva nesse sentido, mantendo-se, por isso, as dúvidas em torno de quem será o candidato apoiado por Costa nas eleições presidenciais.

Enquanto a candidatura de António Guterres, aquela que recolheria maior consenso entre socialistas, inclusivamente de António Costa, não avança, outros nomes vão sendo apontados como possíveis alternativas ao ex-primeiro-ministro. Desde logo, o nome de Sampaio da Nóvoa, que, não só discursou no último Congresso socialista, como, quando questionado pelos jornalistas, reafirmou a sua disponibilidade para “todos os projetos que contribuam para mudar Portugal”.

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