O presidente do banco de investimento norte-americano Goldman Sachs, Gary Cohen, defendeu hoje que a permanência do Reino Unido da União Europeia (UE) reforça a posição de Londres como uma das “grandes capitais financeiras do mundo”.

“O melhor para todos é que esta grande capital financeira mundial fique em Londres e que o Reino Unido continue a fazer parte da UE”, declarou o banqueiro norte-americano à cadeia britânica BBC.

O primeiro-ministro britânico, o conservador David Cameron, prometeu realizar em 2017 um referendo sobre a continuação de Londres na UE, caso ganhe as eleições em maio próximo.

Alguns especialistas advertiram já que se Londres abandonar o bloco dos 28 países europeus, a UE poderá obrigar os bancos sedeados no Reino Unido a pagar uma taxa extra para poderem operar dentro das fronteiras comunitárias.

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Por outro lado, personalidades ligadas às finanças britânicas defendem que o Reino Unido não deve ceder a Bruxelas mais poderes em matéria de justiça, economia e imigração, por exemplo.

“Creio que para o Reino Unido é um imperativo manter a indústria dos serviços financeiros em Londres. Todos queremos ficar em Londres, onde estão a nossa base das operações europeias”, acrescentou o presidente da Goldman Sachs.

Gary Cohen falou à BBC após participar no Fórum Mundial de Davos, Suíça, onde foram abordados temas como as ameaças geopolíticas, a queda do preço do petróleo e a necessidade de estimular o crescimento na Europa, entre outros.