O Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, disse no domingo que cinco ex-reclusos de Guantánamo, acolhidos no país, estavam prestes a assinar um contrato de apoio económico com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). “Será assinado, nas próximas horas, o contrato dos ex-presos de Guantánamo com o organismo correspondente das Nações Unidas”, declarou Vázquez no domingo.

Os sírios Ali Husein Shaaban, Abd al Hadi Omar Mahmoud Faraj e Ahmed Adnan Ahjam e o tunisino Abdul Bin Mohammed Ourgy iniciaram no passado dia 24 de abril um protesto em frente à embaixada dos Estados Unidos em Montevideu para pedir ao país “o necessário para levar uma vida normal como seres humanos”, depois de terem estado 13 anos detidos sem acusações, e reivindicar melhorias na sua situação económica no Uruguai.

Tanto eles como o sírio Jihad Ahmad Diyab tinham-se negado a assinar o documento apresentado pelo Serviço Ecuménico para a Dignidade Humana (Seduh), em representação da ACNUR no Uruguai, por conter pontos “que não estão claros”, segundo disseram.

Em dezembro passado, seis ex-reclusos de Guantánamo chegaram a Uruguai como parte do compromisso do então Presidente José Muji de colaborar com o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, no plano de encerramento do estabelecimento penal para acusados de terrorismo, situado na base dos Estados Unidos em Cuba.

O sexto ex-presidiário, de origem palestiniana, já assinou o acordo.

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