Felipe González está a dividir o partido do qual já foi secretário-geral, o PSOE, depois de se ter mostrado a favor de uma “reforma da Constituição que reconheça a Catalunha como nação”, numa entrevista que deu ao jornal Vanguardia.

Depois da entrevista, os socialistas acusaram-no de estar a provocar um “debate estéril”. Já uma semana antes, o ex-primeiro tinha dito que não há equidistância entre aqueles que conspiram para quebrar a lei e aqueles que são obrigados a cumpri-la, o que também provocou acesas reações no partido.

A secretária de política internacional do PSOE, Carme Chacón, foi a primeira a reagir, dizendo que não era altura de criar novamente esta discussão, porque a situação que se está a viver é “muito grave”.

O partido está reunido este sábado em Ferraz e quando Carme Chacón chegou ao Comité Federal do PSOE, recordou que González já tem esta ideia “há muito tempo”, mas que não era altura para levantar novamente o debate.

O presidente de Castilla-La Mancha, Emiliano García-Page, também mostrou o seu desagrado com as palavras do ex-primeiro-ministro, dizendo que o termo “nação” deve ser apenas utilizado para falar de Espanha. “A grande nação que temos é a espanhola”, disse.

De Valência, Ximo Puig adiantou que “o conceito político de país catalão não existe” e que entrar neste tipo de debate provoca “polémicas estéreis”. Já Miguel Iceta, primeiro secretário dos socialistas catalães, que “ficava contente” com as palavras de González. “É algo que tenho defendido sempre”, diz.

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