Um tribunal de Paris multou, na terça-feira, uma mulher em mil euros por não deixar que lhe tirassem as impressões digitais após um protesto em que manifestantes e forças de segurança entraram em confrontos.

A polícia antimotim lançou gás lacrimogéneo sobre os ativistas e deteve mais de 300 pessoas depois de um grupo de manifestantes atingir os agentes com garrafas e velas retiradas de tributos às vítimas dos ataques de Paris.

A mulher de 25 anos foi multada em mil euros por se recusar a deixar que a polícia lhe tirasse as impressões digitais. O seu advogado considerou que os procedimentos legais “aproximaram-se do ridículo”, indicando que, das centenas de pessoas detidas nos protestos, apenas duas foram presentes a tribunal.

Num segundo caso, um jovem de 28 anos foi condenado a três meses de prisão por atirar uma garrafa de vidro a um agente, ferindo-o no lábio, durante os confrontos na Place de la Republique. O jovem, que tinha bebido, admitiu ter atirado uma lata de metal mas disse que não tinha um alvo em particular.

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O advogado argumentou que o seu cliente não tinha qualquer intenção de se envolver em confrontos, até porque estava vestido com roupas coloridas e uma mochila, ao contrário dos manifestantes mais violentos, vestidos de negro e com capuz. Os dois foram considerados culpados de ignorarem as ordens da polícia para dispersarem, apesar de ambos terem dito que não ouviram essa indicação.

A polícia francesa proibiu as manifestações na avenida dos Champs Elysees e perto do local da cimeira do clima, em Le Bourget, no norte da capital.

Depois dos ataques do passado dia 13 de novembro em Paris, o Governo francês declarou estado de emergência, com o parlamento a autorizar medidas extraordinárias de segurança durante três meses.