A secretária-geral Adjunta do PS reforçou hoje o apelo à mobilização em torno das candidaturas presidenciais de Maria de Belém ou Sampaio da Nóvoa e recusou-se a responder às críticas sobre atuação parcial das estruturas partidárias socialistas.

Ana Catarina Mendes assumiu estas posições em declarações à agência Lusa, depois de hoje o antigo ministro socialista Vera Jardim, apoiante da candidatura presidencial de Maria de Belém, ter reiterado a acusação feita na véspera pelo histórico socialista Manuel Alegre, segundo a qual as estruturas do PS estão a fazer “batota”, favorecendo o antigo reitor da Universidade de Lisboa.

A “número dois” da direção do PS recusou-se a responder às críticas de Vera Jardim e de Manuel Alegre, mas referiu que no sábado passado, na última reunião da Comissão Nacional do PS, “foi feito um apelo por parte do secretário-geral [António Costa] para que os militantes do partido se empenhem no apoio às candidaturas presidenciais da área socialista, Maria de Belém ou Sampaio da Nóvoa”.

“Como secretária-geral Adjunta do PS, o meu apelo é para que haja uma mobilização nesta campanha presidencial, porque para os socialistas não é indiferente um Presidente da República da área da direita ou um Presidente da República da área da esquerda. Sempre que o PS apoiou uma candidatura presidencial [vitoriosa] – fosse o general Ramalho Eanes, Mário Soares ou Jorge Sampaio -, os portugueses reviram-se no exercício das suas funções, em respeito pela Constituição da República e pela estabilidade da vida democrática portuguesa”, disse.

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Neste contexto, a secretária-geral Adjunta do PS reiterou o seu apelo para que exista “uma forte mobilização em torno dos candidatos da área socialista, seja Maria de Belém, seja Sampaio da Nóvoa”.

Apesar de assumir uma posição de equidistância no exercício das suas funções como secretária-geral Adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, a título pessoal, manifestou apoio público à candidatura presidencial do antigo reitor da Universidade de Lisboa – uma opção também seguida pelo presidente deste partido, Carlos César.

Na primeira volta das eleições presidenciais, o secretário-geral do PS, António Costa, não manifestará apoio a nenhum dos dois candidatos da área dos socialistas, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa.

António Costa equiparou a primeira volta das eleições presidenciais a uma espécie de “primárias” da esquerda portuguesa.