O homem que matou o vizinho com 17 facadas, em maio de 2015, na freguesia de Arcozelo, Vila Nova de Gaia, foi hoje condenado a uma pena de 10 anos de prisão efetiva.

Foi ainda condenado a indemnizar a família da vítima num total de 140 mil euros.

“Teve o propósito de lhe tirar a vida, dada a violência que revelou e o instrumento (canivete) que usou”, disse a presidente do coletivo de juízes do tribunal de Vila Nova de Gaia.

O homicida confesso, de 48 anos, esfaqueou 17 vezes com um canivete o vizinho, de 53 anos, no peito, barriga, pescoço e coração, na sequência de uma discussão.

Mostrando-se arrependido, o arguido explicou, na primeira audiência de julgamento, que no dia do crime estava a fazer o jantar quando a vítima mortal lhe tocou à campainha e entrou “porta adentro”, agredindo-o.

“Quando me consegui libertar, fui ao quarto buscar um canivete e esfaqueei-o, mas sem a intenção de o matar”, disse.

Além do homicida confesso estava em casa o seu filho, de 21 anos, que se encontrava imobilizado na sala por causa de uma lesão na perna e que, segundo testemunhou, só se apercebeu “mais tarde” do que estava a acontecer, tendo depois conseguido separá-los.

A vítima, depois de empurrada para fora de casa, ainda tentou chamar a mulher, mas não conseguiu e acabou por morrer.

O arguido, em prisão preventiva — medida de coação mais gravosa -, estava acusado de um homicídio qualificado, mas acabou condenado por homicídio simples.

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