Os Emirados Árabes Unidos recomendaram aos seus cidadãos para que evitem o uso de roupas tradicionais no estrangeiro, sobretudo em países que proíbem indumentária como o ‘niqab’ (véu que cobre o rosto e só revela os olhos).

O pedido foi feito, via conta oficial na rede social Twitter, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que justificou a recomendação com questões de segurança, informaram este domingo os meios de comunicação social.

O apelo do Governo ocorre depois de, na quinta-feira, um empresário do país ter sido detido nos Estados Unidos, depois de ter levantado suspeitas numa empregada do hotel onde estava alojado, por falar árabe e usar uma túnica branca até aos pés. A funcionária denunciou o homem perante a polícia, que o deteve por suspeita de pertencer a um grupo terrorista islamita. Posteriormente, o empresário foi libertado e recebeu um pedido de desculpas dos agentes da polícia pelo erro cometido.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros instou os naturais dos Emirados Árabes Unidos a respeitarem a proibição do ‘niqab’ (usado pelas mulheres muçulmanas) em alguns países e cidades europeias, para que não recebam multas ou outro tipo de sanções, e para evitar que tenham problemas quando se encontram no estrangeiro.

Em comunicado, o vice-diretor do Departamento dos Assuntos Consulares, Ahmed al-Zahiri, pediu às suas concidadãs para que não vistam o ‘niqab’ em França, Bélgica e Holanda, onde o seu uso é ilegal, ou em cidades como Barcelona, onde está proibida a sua utilização em edifícios municipais.

Ahmed al-Zahiri advertiu que em várias zonas da Suíça, Dinamarca e Alemanha e em algumas cidades italianas também não se pode vestir o ‘niqab’.

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