Os Estados Unidos compraram a Angola cerca de 173.000 barris de crude por dia nos primeiros cinco meses deste ano, o melhor registo desde 2013, equivalente a mais de 10% da produção angolana.

Segundo dados da unidade de estatística (EIA) do Departamento de Energia norte-americano, compilados esta terça-feira pela agência Lusa, as entregas diárias de petróleo angolano aos Estados Unidos atingiram este ano o pico de 242.000 barris diários em abril, renovando o máximo de 172.000 barris em março, mas descendo em maio para 161.000 barris.

Neste período, Angola, que tem uma produção de petróleo calculada em 1,7 milhões de barris diários, foi o segundo fornecedor africano do mercado norte-americano, atrás da Nigéria, que igualmente segundo dados da EIA importaram daquele país o equivalente a 238.000 barris por dia.

Só no mês de janeiro é que Angola superou, neste registo, as exportações da Nigéria, indicam ainda os dados do Departamento de Energia norte-americano.

Cerca de 50% do petróleo angolano é comprado pela China, que lidera entre os países de destino do conjunto das exportações angolanas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Angola.

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Uma delegação angolana liderada pelo ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, e que incluía o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, reuniu-se na segunda-feira, em Washington, com Amos Hochstein, do Departamento de Estado norte-americano e coordenador dos Assuntos Energéticos Internacionais, e Christopher Smith, responsável para os Combustíveis Fósseis no Departamento de Energia, foi revelado esta terça-feira.

“O diálogo esteve focado no petróleo de Angola e no setor da energia”, explica uma nota do Departamento de Estado do Estados Unidos, consultada pela Lusa.

Acrescenta que as duas delegações passaram em revista, durante o encontro, os “progressos” na relação bilateral no setor energético desde a última reunião do género, em agosto de 2011.

Foi ainda discutida a “necessidade de mudanças na regulamentação no setor da energia” em Angola e a “importância de criar um clima favorável de negócios” no país, de forma a “atrair mais investimento privado”.

A segurança operacional do setor de petróleo e gás e os impactos ambientais das instalações petrolíferas foram outros tópicos da reunião entre as duas delegações.