Um homem foi morto pelo próprio cão, um staffordshire bull terrier, na passada segunda-feira, durante uma entrevista ao canal BBC no seu apartamento, em Londres. Mario Perivoitos, de 41 anos, conta o The Guardian, encontrava-se com a equipa de reportagem daquela cadeia televisiva quando foi mordido pelo seu cão no pescoço. Foi transportado para o hospital por volta das 22h30, mas acabou por não resistir aos ferimentos e foi dado como morto duas horas depois, de acordo com as autoridades britânicas.

Um dos vizinhos de Perivoitos apercebeu-se do sucedido quando ouviu os gritos a ecoarem pelo prédio.

Eu ouvi a gritarem ‘tirem-no de cima de mim, tirem-no de cima de mim’! Ele estava a gritar mesmo muito alto, tinha o pescoço cheio de sangue. Havia mesmo muito sangue”, revelou Geoff Morgan, que estava dentro do seu apartamento no momento em que aconteceu o ataque.

Mas esta não foi a primeira vez que o cão atacou o homem. Um outro vizinho admitiu que há cerca de sete meses aconteceu algo semelhante. “O cão chegou a morde-lo [Mario Perivoitos] na perna. Ouvimo-lo a gritar com o cão e ele saiu do apartamento aos gritos e cheio de sangue na perna”, salientou. No entanto, Tayfun referiu que nunca presenciou nenhum episódio violento. Houve até quem os visse como dois amigos inseparáveis. “Ele amava o cão. O cão era o seu mundo. Se ele saísse de casa, conseguíamos ouvir o cão a chorar. Cuidava sempre dele: se não tivesse dinheiro, pedia-me sempre dinheiro para comprar comida para o cão, por isso é muito estranho”, explicou também uma vizinha.

Mario Perivoitos vivia naquele prédio há mais de 20 anos, mas a sua relação com os restantes residentes era bastante conturbada. Não deixava ninguém aproximar-se da porta de casa e a polícia chegava a ser chamada várias vezes por se acreditar que o homem era traficante de droga. “A certa altura aquela casa transformou-se numa sala de chuto. Havia muitas pessoas que iam para lá fumar. Havia agulhas por todo o lado”, referiu ainda Tayfun.

De acordo com o The Independent, o animal foi recolhido do local pelas autoridades e encontra-se agora num canil, até que se decida se deverá ser ou não abatido.

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