Mais de 150 crianças morreram desde o início do ano na travessia da perigosa nota Mediterrâneo Central a partir do norte de África para Itália.

“É extremamente preocupante que pessoas vulneráveis, incluindo milhares de crianças arrisquem a vida para chegar às costas da Europa através desta rota extraordinariamente e perigosa”, apontou a Directora Regional da UNICEF e Coordenadora Especial para a Crise de Refugiados e Migrantes na Europa, Afshan Khan.

No entanto, estima-se que o número de crianças mortas seja superior a 150 já que este valor não inclui as mortes que ficaram por reportar. Entre janeiro e fevereiro deste ano, cerca de 1.875 crianças chegaram a Itália através do Mediterrâneo, registando-se um aumento de 40% relativamente ao mesmo período de 2016.

“Esta é mais uma prova de que perante o corte de passagens seguras e legais para as migrações as crianças e as famílias desesperadas farão tudo o que podem para escapar a conflitos, à pobreza e privações”, alerta Afshan Khan.

As tentativas de travessia de refugiados e migrantes naquela que é uma das mais perigosas rotas migratórias do mundo continua a aumentar e, por consequência, o número de mortes. Cerca de 13% do total de 37 mil refugiados que chegaram a Itália desde o início do ano eram crianças. Relativamente ao período homólogo de 2016, registou-se um aumento de 42%. No fim de semana da Páscoa, mais de 8300 refugiados foram resgatados entre a Líbia e Itália. Pelo menos 849 pessoas morreram desde o início do ano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR