Boa conjuntura externa” e “boa herança“. Estas são as duas principais razões que, na análise de Maria Luís Albuquerque, explicam o crescimento económico de 2,8% no primeiro trimestre (que compara com um primeiro trimestre de 2016 em que houve um baixo crescimento). A ex-ministra das Finanças sublinha a importância das medidas de estímulo monetário pelo Banco Central Europeu (BCE) e avisa que, com as políticas que têm sido seguidas pelo Governo de António Costa, “esgotada a conjuntura positiva, volta-se ao mesmo e cada vez é mais penoso”.

Citada pelo Público, Maria Luís Albuquerque diz que “o que nos preocupa é que estes números resultam de uma boa conjuntura e de uma boa herança”. Ainda assim, a vice-presidente do PSD reconhece que o partido fica “satisfeito com os números positivos e com os motores do crescimento [exportações e turismo], mas o receio é que eles possam levar a uma falsa sensação de que não é preciso fazer mais nada“.

Se “não for feito mais nada”, quando houver uma inversão da política do BCE, pode abrandar a conjuntura e “volta-se ao mesmo, e cada vez é mais penoso“.

Outra figura ligada ao PSD, ainda que mais afastada da política, Miguel Poiares Maduro, defende que o crescimento até podia ser mais rápido se não tivesse havido “desconfiança” dos mercados em relação ao Governo que tomou posse no final de 2015 e que, na opinião do ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, adotou inicialmente um “discurso radical” em relação a Bruxelas. Um discurso que, recorde-se, colocou Portugal à beira de um corte de rating por parte da agência DBRS e, portanto, de um novo resgate.

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