Patrick Hardison era um bombeiro voluntário de 27 anos quando, em 2001, ao entrar numa casa em chamas, um acidente o deixou irreconhecível. O teto da casa sucumbiu às chamas e custou a Patrick todas as suas feições: orelhas, lábios, pálpebras e grande parte do seu nariz.

Tornou-se história em 2015 quando se submeteu à mais cara cirurgia de transplante facial de sempre, parte de uma inovadora e controversa operação. Antes do seu transplante facial, Hardison caiu numa depressão, perdeu o seu negócio, ficou viciado em analgésicos e separou-se da mulher com quem partilhava tudo há 10 anos.

Ao todo, foram 71 cirurgias plásticas para melhor o aspeto e a funcionalidade do seu rosto – sempre tapado com um boné e óculos de sol. Os médicos chegaram a avisá-lo que ia perder a visão se continuasse sem pálpebras.

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Em agosto do ano passado, Patrick submeteu-se a uma cirurgia de 26 horas para receber a cara de um mecânico de 26 anos que morreu num acidente de ciclismo. Desde que o primeiro foi feito, em França, em 2005, apenas foram feitos 37 transplantes faciais.

Mas a cirurgia de Patrick foi sem dúvida única e muito mais complicada. O médico que conduziu a operação, Eduardo Rodriguez, explicou-lhe que tinha 50% de hipóteses de sobreviver, tal era a dimensão do tecido que tinha de ser transplantado.

Um ano depois, revelou à revista TIME que está “óptimo”. Apesar de continuar altamente medicado para prevenir que o seu corpo rejeite a cara, sente-se “óptimo”. Levou os cinco filhos ao Disney World e pode nadar pela primeira vez desde o acidente que o deixou sem rosto, em 2001: “Eu teria desistido se não fosse por eles”.