A socialista espanhola María Teresa Castells morreu este domingo, aos 82 anos, engasgada enquanto almoçava num centro comercial em San Sebastían, Espanha. A notícia foi avançada pela agência Efe. A proprietária da livraria Lagun era mulher do dirigente socialista José Ramón Recalde, falecido em 2016. Era considerada um símbolo da resistência à ETA e ao regime franquista.

Foi com o marido e com Ignacio Latierro que fundou a livraria Lagun em 1968, um local de eleição para reuniões clandestinas durante os últimos anos da ditadura do general Franco – que vigorou em Espanha entre 1939 e 1975. O edifício foi por várias ocasiões vandalizado por grupos radicais de esquerda.

Castells seguia ao lado do marido a 14 de setembro de 2000, quando o grupo separatista e terrorista ETA conduziu um atentado contra o político. Recalde sobreviveu mas o disparo atingiu-lhe a boca e condicionou-lhe o resto da vida.

A morte de Castells chocou especialmente os socialistas que ao longo desta segunda-feira têm deixado mensagens de louvor e homenagem a uma mulher que era “um exemplo de luta incansável pela liberdade”.

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O secretário-geral do PSE da província de Guipúscoa, Eneko Andueza, retira que se perde “uma referência na luta pela paz e liberdade”, enquanto que o dirigente estatal do partido, Pedro Sánchez, ressalvou a sua “coragem e firmes convicções”.