A produção e a venda de carros movidos a gasóleo e gasolina podem ser proibidas na China “no futuro próximo”, adiantou um responsável do governo chinês. A decisão, a confirmar-se, irá igualar os objetivos de países como França e Reino Unido, que querem acabar com os motores movidos a combustíveis fósseis nas próximas duas décadas.

Ao contrário do Reino Unido e de França, a China não se comprometeu com uma data específica para a aplicação da medida. Mas Xin Guobin, ministro-adjunto da indústria, afirmou numa conferência em Tianjin que o Governo chinês começou a fazer a “pesquisa relevante” para avaliar esta questão, tendo como objetivo de fundo a redução da poluição no país. A ideia é avançar com um calendário “no futuro próximo”, segundo declarações citadas pela agência Xinhua.

O responsável reconheceu que, sendo a China o maior mercado automóvel do mundo, uma decisão a este nível “irá implicar alterações profundas para o desenvolvimento da nossa indústria automóvel”. Foram fabricados 28 milhões de carros no ano passado, quase um terço de todos os carros produzidos em todo o mundo. Daí que Xin Guobin admita que poderão vir aí “tempos turbulentos” para a indústria automóvel chinesa.

Potencialmente um duro golpe para a tecnologia de combustão, uma proibição do gasóleo e da gasolina também na China dará, por outro lado, um impulso à produção de carros elétricos. A sueca Volvo, detida pela chinesa Geely, anunciou no início de julho que todos os carros que serão produzidos pela marca terão um motor elétrico e o objetivo é vender um milhão de carros elétricos até 2025.

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