O eleitorado queniano é esta quinta-feira chamado a participar na repetição das eleições presidenciais realizadas no passado dia 8 de agosto mas anuladas devido às várias irregularidades constatadas, num escrutínio contestado pela oposição que as considera uma “farsa”.

O líder da oposição queniana, Raila Odinga, tem vindo a reiterar apelos aos seus apoiantes para boicotarem a repetição das eleições, numa altura em que cresce a tensão política e o receio de atos de violência, a que o Presidente cessante, Uhuru Kenyatta, respondeu com o anúncio quarta-feira do destacamento das forças de segurança a nível nacional.

Uhuru Kenyatta disse, numa emissão televisiva, que as eleições são uma oportunidade para os quenianos “mostrarem ao mundo” que estão unidos.

Quarta-feira de manhã, a Comissão Eleitoral garantiu a realização da votação, para a qual estão inscritos mais de 20 milhões de quenianos. O Presidente cessante, Uhuru Kenyatta, vencedor das presidenciais anuladas, já disse que a votação de quinta-feira decorrerá na data prevista, com ou sem Odinga.

Num relatório publicado no passado dia 16 de outubro, conjuntamente pela Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, denuncia-se que a polícia queniana matou entre 33 e 50 pessoas e feriu outras centenas nalgumas partes de Nairobi, em resposta aos protestos ocorridos após as eleições de agosto.

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