O Fórum Económico Mundial (FEM) anunciou sete co-presidentes para o próximo encontro em Davos, na Suíça, e, para surpresa, nenhum homem faz parte da lista. Vão ser sete mulheres a conduzir o próximo encontro mundial, sinal de que o mundo está a mudar – aos poucos e em alguns locais – no que à igualdade de género diz respeito.

Nos últimos anos, o fórum tem sido criticado tanto pela desigualdade de género – em 2013, por exemplo, havia apenas uma mulher entre os seis co-presidentes -, como também pelo ‘elitismo’. Foi depois da reunião mais recente, em 2017, em que o número de mulheres co-presidentes era superior ao de homens – 3 para 2 – e em que as mulheres representavam 20% dos 3.000 participantes, que o comité da organização decidiu apostar no incentivo à participação das mulheres no encontro. O ano de 2018 marca, assim, um momento decisivo na perceção dos conceitos de género e de poder.

O Fórum Económico Mundial anunciou as participantes sem grande alarido, dizendo apenas os nomes e cargos das mesmas e confirmando a “abordagem multipartidária” na formação do grupo de reunião, com o objetivo de criar “um futuro partilhado num mundo fraturado”.

As sete mulheres que vão estar presentes no palco da reunião anual são Sharan Burrow, Secretária-geral da Confederação Sindical Internacional, com sede na Bélgica; Fabiola Gianotti, Diretora-geral da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), em Genebra; Isabelle Kocher, CEO da ENGIE, empresa de energias; Christine Lagarde, Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional; Ginni Rometty, Presidente e CEO da IBM; Chetna Sinha, Fundadora e Presidente da Fundação Mann Deshi, na Índia; e, por fim, Erna Solberg, Primeira-ministra da Noruega.

A Organização, sem fins lucrativos e com sede em Genebra, reúne os principais líderes empresariais e políticos, bem como intelectuais e jornalistas selecionados para discutir as questões mais urgentes a nível mundial, como é o caso da saúde e do meio ambiente. Em 2018, a reunião vai decorrer de 23 a 26 de janeiro.

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