Este sábado, tudo parecia apontar para um fim de semana britânico no que toca ao desporto: a Inglaterra venceu confortavelmente a Suécia e passou às meias-finais do Mundial da Rússia, Kyle Edmund tinha vencido o primeiro set no encontro com Djokovic em Wimbledon e Lewis Hamilton tinha conquistado a pole-position do Grande Prémio de Fórmula 1 que este fim de semana, precisamente, se realiza na Grã Bretanha.

Horas depois, já este domingo, foi tudo por água abaixo. À exceção dos rapazes de Gareth Southgate, que continuam qualificados para a meia-final do Mundial. Kyle Edmund acabou por cair no segundo e terceiro sets e perdeu com Djokovic ainda este sábado, enquanto que Lewis Hamilton desperdiçou a vantagem garantida na qualificação e deixou escapar o GP britânico para o rival Sebastian Vettel.

A sair do primeiro lugar da grelha, o britânico da Mercedes tinha Vettel logo na segunda posição e outro Ferrari, Kimi Raikonnen, na terceira. Logo na primeira volta, Raikkonen e Hamilton tocaram-se e o Mercedes caiu imediatamente para a última posição do pelotão. O finlandês, por sua vez, foi penalizado em 10 segundos (o que não o impediu de terminar a corrida no último lugar do pódio).

A partir daqui, Lewis Hamilton foi obrigado a realizar uma corrida de remontada – algo que o britânico é exímio a fazer, como voltou a demonstrar, chegando à quinta posição antes ainda de mudar de pneus. Lá na frente, Vettel comandou sem oposição nem grandes preocupações até à volta 32, quando viu eliminada a vantagem que tinha cavado aos adversários devido a um despiste de Marcus Ericsson que motivou a entrada do safety-car em pista.

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A Ferrari aproveitou e mudou de pneus pela segunda vez. Já a Mercedes, novamente apanhada em falso no que toca à estratégia de mudança de pneus, não tinha mais conjuntos disponíveis. Com a saída do safety-car, Valtteri Bottas – que até aí rodava em terceiro – arrancou melhor e colocou-se à frente de Vettel. Lá atrás, Hamilton já era terceiro e Verstappen quarto, enquanto que Raikkonen tinha caído para quinto. Mas o finlandês da Ferrari nunca se dá por vencido.

Quando o safety-car voltou a ser protagonista, devido a um acidente entre Carlos Sainz e Romain Grosjean, o pelotão voltou a ficar compacto. Assim que a velocidade controlada desapareceu, Raikkonen atacou Verstappen (que acabou por abandonar) e colocou-se em quarto. Lá à frente, os ataques constantes de Vettel acabaram por ter sucesso e Bottas sucumbiu ao Ferrari. Com os pneus desgastados e num vórtice descendente de ritmo, foi ultrapassado por Hamilton e Raikkonen e caiu de primeiro para quarto em poucas voltas.

Sebastian Vettel voltou a vencer no circuito de Silverstone e aumentou para oito pontos a vantagem sobre Lewis Hamilton, após 10 provas do Mundial de Fórmula 1. Com este triunfo, o quarto do ano e o 50.º da carreira, Vettel, campeão do mundo em 2010, 2011, 2012 e 2013, soma 171 pontos, mais oito do que Hamilton, igualmente tetracampeão (2008, 2014, 2015 e 2017), que chegou à prova britânica a um ponto do alemão. Kimi Raikkonen é terceiro.

O Mundial de Fórmula 1 regressa no fim de semana de 20 a 22 de julho, com o Grande Prémio da Alemanha.