Esta quinta-feira à noite, no programa Liga d’Ouro da CMTV, Paulo Futre fazia um esforço para recordar os nomes que estavam na lista de possíveis escolhas para treinador de Sousa Cintra, no final de junho. “Eram só portugueses… Rui Faria, José Peseiro, Jorge Jesus, Sá Pinto… Havia mais mas não me lembro se estava lá o Miguel Cardoso”, dizia, entre elogios ao futebol praticado pelo Rio Ave na última temporada e numa altura em que se colocava a hipótese do técnico que saiu recentemente do Nantes render Peseiro. Mais tarde, parecia que o ex-internacional sabia algo mais. E que lhe era algo “familiar”. Falou noutras intervenções de Paulo Sousa, falou também de Jorge Sampaoli mas os nomes não ficavam por aí.
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Coincidência ou não, Frederico Varandas deslocou-se esta sexta-feira numa viagem relâmpago a Amesterdão, que foi apanhada numa foto tirada na zona das chegadas do aeroporto de Lisboa (e com um saco onde estava um logo do Sporting) que rapidamente começou a circular pela blogosfera verde e branca. Com ele tinham ido Hugo Viana, diretor das relações internacionais do clube, e João Lobão, advogado responsável pelos contratos na SAD. Frank Rijkaard, nome referido pela SportTV ao final do dia, acabou apontado como possibilidade a propósito dessa viagem (algo que acabaria por constituir uma “reviravolta”, como explicaremos mais à frente) mas Peter Bosz, também ele holandês, foi sendo colocado na órbita verde e branca esta noite – a CMTV apontou-o como hipótese mais forte. Para já não existe confirmação oficial sobre o sucessor de José Peseiro mas o anúncio estará para breve, apesar de ser certo que Tiago Fernandes vai orientar a equipa nos Açores.
Depois de uma primeira fase onde a prioridade recaía na escolha de um treinador português, os responsáveis verde e brancos ficaram a perceber quem estaria ou não interessado em assumir o comando dos leões e, dentro desse leque, quais seriam as exigências em causa. Paulo Sousa foi um dos nomes apontados nas horas seguintes à saída de Peseiro, Miguel Cardoso surgiu como possibilidade forte em conversas exploratórias – até por ser alguém que Frederico Varandas conhece, depois de terem trabalhado juntos na Academia quando o ex-técnico do Nantes era adjunto de Domingos. Leonardo Jardim, opção número 1, não mostrou abertura por estar focado noutros projetos europeus (apesar de haver interessados também na liga chinesa); Jorge Jesus não deverá sair do Al-Hilal pelo menos até janeiro; Rui Faria e Rui Jorge também saíram dessa short list.
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Em paralelo, surgiam notícias na imprensa internacional com outros nomes. Aitor Karanka, ex-adjunto de José Mourinho que se encontra agora no Notthingham Forest após quatro anos no Middlesbrough, foi apontado pelo Calciomercato como possível treinador do Sporting (neste caso, por sugestão do empresário Jorge Mendes) e Cesare Prandelli, que se encontra livre depois de ter deixado o Al-Nasr, surgiu ligado aos leões num programa desportivo da RAI. Ao mesmo tempo, houve outras abordagens que foram chegando à SAD verde e branca, casos de Jorge Sampaoli, antigo selecionador da Argentina; Juan Carlos Unuzé, que depois de três anos como adjunto no Barcelona comandou o Celta de Vigo em 2017/18; e Paco Jémez, espanhol que cumpriu a última época no Las Palmas depois de uma passagem pelo campeonato mexicano (Cruz Azul).
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Foi nesse contexto que Frederico Varandas viajou esta sexta-feira até Amesterdão, no sentido de contactar com um técnico que não era nenhum dos que foram falados ou oferecidos na véspera. No caso de Frank Rijkaard, escolhido por Paulo Futre para orientar o Sporting caso Dias Ferreira tivesse vencido as eleições de 2011 (que foram ganhas por Godinho Lopes), seria uma grande surpresa depois do antigo campeão europeu e bicampeão espanhol pelo Barcelona, que passou ainda por Galatasaray e Arábia Saudita até 2013, ter revelado em entrevista que não pretendia prosseguir com a carreira de treinador; já Peter Bosz, uma das possibilidades estrangeiras para suceder a Jorge Jesus ainda com Bruno de Carvalho como presidente – viria, por pouco mais de uma semana, Sinisa Mihajlovic –, continua sem clube depois de ter deixado o B. Dortmund no ano passado. No entanto, estes poderão não ser os únicos treinadores da escola holandesa estudados para o lugar de José Peseiro.
