O FBI, a polícia norte-americana de investigação, tornou públicos os retratos feitos por um assassino em série e está a pedir ajuda à população para identificar as vítimas. Samuel Little, de 78 anos, confessou matar 90 “mulheres vulneráveis e marginalizadas” entre 1970 e 2005. O criminoso já foi condenado a três prisões perpétuas, mas algumas das vítimas nunca foram identificadas. A polícia decidiu divulgar os retratos feitos por ele de modo a descobrir a identidade das mulheres.

Aos 35 anos, Samuel Little já tinha sido preso 26 vezes em 11 estados norte-americanos por crimes como roubo, assalto, violação, fraude e ataques contra oficiais do governo. Em 1982 foi detido no Mississipi pela morte de uma prostituta de 22 anos, Melinda LaPree. Dois anos mais tarde voltou a ser preso por atacar e bater em outras duas prostitutas. E quando foi libertado, em fevereiro de 1987, mudou-se para Los Angeles e cometeu vários assassinatos por lá.

A 5 de setembro de 2012, Samuel Little foi detido pelas autoridades quando análises de ADN descobriram que ele tinha estado envolvido no assassinato de Carol Elford, Audrey Nelson e Guadalupe Apodaca, três mulheres encontradas mortas nas ruas de Los Angeles. Desde então descobriu-se que o pugilista tinha assassinado dezenas de mulheres com murros e por estrangulamento. “Sem marcas de esfaqueamentos ou ferimentos de bala, muitas dessas mortes não foram classificadas como homicídios, mas atribuídas a overdoses de drogas, acidentes ou causas naturais”, justifica o FBI.

O envolvimento de Samuel Little nos outros assassinatos foi descoberto depois de o FBI ter partilhado os detalhes da investigação nos casos de Carol Elford, Audrey Nelson e Guadalupe Apodaca com as autoridades locais. A polícia percebeu que os detalhes dos assassinatos dessas três mulheres eram semelhantes a outros crimes por resolver e que remontavam aos anos 70. Cruzando as localizações conhecidas de Samuel Little com os pormenores dos crimes, o FBI concluiu que o pugilista tinha morto dezenas de pessoas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR