Entre as várias medidas que a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto, que já entrou em funções, quer aplicar, obriga os grupos de adeptos de futebol a cadastrarem-se numa base de dados com o nome e uma foto, antes de cada jogo, noticia o Correio da Manhã. O objetivo é identificar todos os membros das claques durante os jogos de futebol, que terão de usar ao peito o cartão com o nome a fotografia. A regra pode ser aplicada já na próxima época de futebol e é igual para todas as claques, ou seja, para as legalizadas ou não, como é o caso do Benfica, que não reconhece a claque No Name Boys.

Claques. Como nasceram, de que forma evoluíram, no que se tornaram (com polémicas e violência pelo meio)

Para que a medida de identificação dos grupos de adeptos organizados seja aplicada basta que a nova autoridade do Estado identifique os locais onde as claques costumam fazer uso dos objetos de apoio às equipas, tais como cornetas, megafones, bandeiras e tambores. Para além destes artefactos, há ainda material ilegal, como tochas ou petardos.

Os portadores de objetos ilegais podem ser identificados através das câmaras de videovigilância, comparando a foto dos adeptos que compraram bilhetes.

A medida quer também o fim dos ingressos grátis, cedidos pelos próprios clubes às claques. O Sporting costumava dar bilhetes a custo zero, mas nova direção já acabou com a prática. O Governo português exige “a proibição de disponibilização física de bilhetes para estas zonas”. O projeto à espera de discussão na Assembleia da República refere que “serão disponibilizados só por via eletrónica junto do clube; cada bilhete indexa-se automaticamente ao respetivo cartão de identificação de adepto”.

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