PSD, CDS e Bloco de Esquerda querem que o Governo ceda toda a informação sobre os incêndios de 2017 e tudo o falhou na rede de emergência nacional. Esta segunda-feira, os partidos pressionaram Eduardo Cabrita para que entregasse toda a documentação e o ministro da Administração Interna garantiu que assim o fez “em tempo útil”. O CDS avançou com perguntas sobre os acionistas da SIRESP SA, mas o Bloco vai mais longe e Catarina Martins volta a propor a nacionalização, depois de o Público ter noticiado que Eduardo Cabrita omitiu informação há mais de um ano.

Em causa está o facto de o ministro ter dito que a rede de emergência nacional falhou durante nove mil horas mas, de acordo com números do Público, os números apontam para menos de 200 mil minutos, menos de metade daqueles que o ministro apontou. Ora, com a época de incêndios prestes a começar, o CDS pretende chamar o ministro ao Parlamento para, além de falar sobre a omissão de informação, esclarecer sobre o estado da rede de emergência nacional e a estrutura acionista.

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Para além dos centristas, também o Bloco de Esquerda pretende ver esclarecidas as participações na SIRESP SA. Em 2018, o Governo comprometeu-se a entrar no capital da empresa, com Eduardo Cabrita a apontar para medidas para que o Estado viesse a deter 54% do capital social, o que ainda não aconteceu. Catarina Martins quer que o Governo torne todos os relatórios sobre o funcionamento da rede públicos e volta a propor a nacionalização da empresa.

A maior parte do capital do SIRESP é detido pela Altice (52,1%), sendo que o Estado português detém 33% da empresa que gere a rede de comunicações de emergência em Portugal.

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