Com o actual ritmo a que são anunciados novos veículos eléctricos, as baterias vão ser um bem escasso e muito disputado, pois dificilmente haverá para todos, na quantidade desejada. A isto é necessário juntar o aspecto estratégico, pois ninguém deseja ficar nas mãos de fornecedores sul-coreanos e todos fazem questão de não depender exclusivamente de fabricantes chineses de baterias. Daí que foi com interesse que se soube que a Northvolt, que vai lançar a primeira gigafábrica europeia de baterias, reuniu os últimos 900 milhões de que necessitava para começar a laborar.

O capital foi reunido sobretudo através do Grupo Volkswagen, mas igualmente da Goldman Sachs, Grupo BMW, AMF, Grupo Folksam e a fundação IMAS. Contudo, foi deixado claro que a Volkswagen deu um importante contributo, tendo sido aproveitada a ocasião para confirmar que, depois desta primeira fábrica na Suécia, irá ser construída uma segunda na Alemanha, numa joint venture 50-50 com a Volkswagen.

Esta que será a primeira fábrica europeia de baterias com grande capacidade de produção foi anunciada pela primeira vez em 2015, mas é hoje claro que todos os fabricantes automóveis que tenham capacidade financeira para o fazer, vão tentar possuir as suas próprias fábricas de baterias, sozinhos ou em regime de joint venture, para reduzir o investimento e os riscos.

A sueca Northvolt, que já fabricou unidades de teste de baterias, deverá começar a laborar a partir de Agosto, esperando atingir em breve 16 GWh de produção anual, que depois irá fazer evoluir até 32 GWh. Diz já ter recebido encomendas no valor de 11,6 mil milhões de euros até 2030.

A gigafactory alemã, a ser construída em Salzgitter a partir de 2020, deverá estar em condições de produzir em 2023, com uma capacidade instalada de 16 GWh/ano, que depois crescerão até 24 GWh. Além da joint venture com a Northvolt, a Volkswagen assegurou ainda a compra de 20% da empresa sueca.

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