O Ministério da Cultura da França informou esta quarta-feira que várias pedras caíram do teto em forma de abóbada da catedral de Notre-Dame, depois da onda de calor do mês passado, e que são urgentes novos esforços de estabilização para evitar mais danos.

Um responsável do ministério disse que as pedras caíram depois de as temperaturas atingirem um recorde de 42,6 graus Celsius (108,7 Fahrenheit) em Paris no final de julho. O funcionário disse que o calor secou rapidamente o betão que mantinha as pedras no teto e aparentemente contribuiu para a queda das pedras.

O dano não é grave, mas a catedral do século XII continua em risco de um possível colapso, disse o funcionário, sob anonimato, citado pela agência de notícias AFP.

O trabalho dentro da catedral foi suspenso devido à preocupação com a contaminação por chumbo. O ministério quer acelerar os esforços para limpar detritos perigosos e escorar a estrutura da catedral, gravemente danificada no incêndio de abril.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ocorrido em 15 de abril, o incêndio que atingiu a emblemática catedral situada em Paris provocou a libertação para a atmosfera de várias toneladas de partículas de chumbo, tendo sido verificado, em vários locais nas imediações do monumento, níveis de concentração deste metal considerados prejudicais para a saúde pública.

Os trabalhos de remoção do chumbo tóxico disperso pelo incêndio ocorrido na Catedral começaram na terça-feira, num ambiente de críticas locais pelos atrasos em tomar medidas preventivas.

Remoção de chumbo disperso pelo incêndio de Notre-Dame vai ser demorada

Os trabalhos – que envolvem um total de 10 mil metros quadrados – deverão mobilizar vários processos de descontaminação e vão continuar até 23 de outubro, segundo as autoridades.