Os momentos maus das equipas históricas têm sempre uma percentagem deixada à interpretação. Praticamente todos os adeptos de futebol sabem que o Tottenham não está bem em Inglaterra: mas poucos sabem que está mesmo no 10.º lugar da Premier League. Praticamente todos os adeptos de futebol sabem que o Mónaco não vive um bom período em França: mas poucos sabem que está mesmo em 11.º na liga francesa. E praticamente todos os adeptos de futebol sabem que o AC Milan já não é o que era em Itália: mas poucos sabem que está mesmo no 12.º lugar da Serie A.

Este domingo, na antevisão da receção da Roma de Paulo Fonseca ao AC Milan, a maioria das vozes críticas teimava em recordar à equipa da capital italiana que o conjunto orientado por Stefano Pioli, que leva apenas 10 pontos conquistados ao longo de nove jornadas, continuava a ser o AC Milan. Existe, contudo, uma adenda que tem de continuar a ser feita — este AC Milan, que já mudou de treinador esta temporada, que não consegue entrar numa série consistente de resultados positivos, que está na segunda metade da liga italiana, está longe de ser o AC Milan que todos conhecemos.

Stefano Pioli substituiu Marco Giampaolo já no decorrer desta temporada

No Olímpico de Roma, contra a equipa de Paulo Fonseca, a equipa de Milão voltou a sofrer mais uma derrota e somou o quinto jogo sem ganhar em seis possíveis. Dzeko abriu o marcador ainda antes do intervalo (38′), Theo Hernández empatou já na segunda parte e Zaniolo repôs a vantagem da Roma apenas três minutos depois, garantindo a subida do grupo de Paulo Fonseca ao quinto lugar que já dá acesso às competições europeias. Com Rafael Leão na condição de titular e a cumprir os 90 minutos do lado do AC Milan, o treinador português conseguiu voltar às vitórias depois de dois empates nas duas últimas jornadas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Cavaleiro apareceu e quer salvar a pátria: para Silvio Berlusconi, a única solução para o AC Milan é Silvio Berlusconi

A equipa de Stefano Pioli está apenas três pontos acima da zona de despromoção e continua sem afastar uma crise crónica que paira no San Siro. E vai oferecendo cada vez mais força e vaga de fundo às declarações, sempre polémicas, de Silvio Berlusconi, que há algumas semanas garantiu que a única solução para o clube é o seu regresso à liderança.