O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou o parecer do Tribunal de Contas que aponta que o Estado gastou mais de 18 milhões de euros em ajudas à banca entre 2008 e 2018, dizendo que foram medidas necessárias para evitar um “colapso na economia nacional”.
“A nossa banca conheceu uma crise gravíssima, gravíssima, e que à escala de Portugal é uma crise que teve consequências dramáticas para muitas empresas e que poderia ter tido ainda mais”, disse.
Referindo que “não foi uma boa solução” a canalização daquele total ao longo de uma década dos cofres do Estado para os de instituições como o Novo Banco e antigo BES, Banco Português de Negócios e Caixa Geral de Depósitos, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “a alternativa era a economia inteira paralisada”.
“Eu sei que é tentador dizer ‘porque é que não foi para a habitação, para a saúde, para a Segurança Social, para os sem-abrigo?’, mas se em determinado momento tivesse havido uma paragem, um colapso do sistema financeiro, era um colapso da economia nacional”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que “o que interessa agora é olhar para o futuro, retirar as lições, e saber que mais vale prevenir do que remediar”.
Ajudas do Estado à banca custaram mais de 18 mil milhões na última década