A polícia ucraniana abriu uma investigação para perceber se Marie Yovanovitch, a antiga embaixadora dos EUA na Ucrânia, foi alvo de vigilância ilegal antes de ser retirada do seu posto. A notícia da Associated Press explica que o anúncio desta investigação foi feito apenas dois dias depois de senadores democratas norte-americanos terem divulgado vários documentos que teoricamente provam que Lev Parnas, um associado do advogado pessoal de Donald Trump, falou várias vezes sobre a remoção de Yovanovitch do cargo que ocupava.

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O ministro do Interior da Ucrânia, que tem a tutela das forças policiais, afirmou via comunicado que a polícia ucraniana “não está a interferir com assuntos de política interna dos EUA”. Contudo, as comunicações divulgadas “podem ter possíveis violações da lei ucraniana e das regras diplomáticas da Convenção de Viena” que “protegem os direitos dos diplomatas em solo estrangeiro”.

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O mesmo ministro comunicou que o FBI foi convidado a participar na investigação.

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A Ucrânia também lançou uma investigação que visa perceber se hackers russos realmente acederam aos computadores da companhia de gás ucraniana Burisma. Hunter Biden, o filho de Joe Biden (adversário de Trump na corrida à presidência dos EUA), fazia parte do conselho de administração desta mesma companhia. Recorde-se que o processo de impeachment de Trump foi iniciado por causa das alegações de que o líder dos EUA terá tentado pressionar o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiypara para que este lançasse uma investigação à Burisma, a troco de ajuda militar.