O excesso de turismo em Amesterdão, nos Países Baixos, está a fazer com que o executivo municipal pondere várias alternativas para garantir a qualidade de vida aos holandeses. Uma das hipóteses em cima da mesa poderá ser a proibição de consumo de canábis aos turistas nas famosas coffeeshops da capital holandesa.

A sugestão surge depois de um inquérito aos jovens turistas realizado em julho de 2019, avança a CNN. Mais de metade dos inquiridos afirma que decidiu visitar a cidade com o objetivo de experimentar um dos vários locais onde é possível consumir canábis. Dos jovens questionados, 34% indicaram que passariam a visitar Amesterdão com menos frequência caso não pudesse frequentar as coffeeshops e 11% admitiu mesmo não visitar a cidade caso essa proibição entrasse em vigor.

A presidente da câmara, Femke Halsema — que foi responsável por encomendar o inquérito —, já tinha anunciado outras alterações para o Red Light District e a partir de dia 1 de abril entrarão em vigor restrições às visitas de grupo àquela zona da cidade. A partir das 22 horas os turistas não devem chegar a zonas de “luz vermelha” nem permanecer em “lugares sensíveis à pressão”, como sejam pontes estreitas ou entradas novas.

Os guias turísticos que desrespeitem as novas restrições incorrem em multas de cerca de 200 euros.

O “Red Light District” de Amesterdão dificilmente continuará o mesmo. O problema não é a prostituição, são os telemóveis e turistas

No inquérito, Femke Halsema procurou saber, também, o que aconteceria caso fosse taxada a entrada nas áreas de Wallen/singel ou o centro da cidade medieval (onde fica o Red Light District) e 32% dos inquiridos responderam que deixaria de visitar essas áreas enquanto 44% admitiu voltar com menos regularidade.

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