O Ministério Público do Paraguai ordenou a detenção Ronaldinho Gaúcho horas depois do antigo futebolista brasileiro ter alegadamente entrado em Assunção com um “passaporte falsificado”, anunciou o Ministério do Interior do país. O antigo jogador e o irmão, que também foi detido, estarão sob a alçada da justiça paraguaia “o tempo que for necessário”,  informou o procurador responsável pelo caso.

Na quarta-feira, procuradores e a polícia paraguaia invadiram o quarto de hotel onde o antigo futebolista e o irmão estão hospedados em Assunção, onde Ronaldinho planeava apresentar esta quinta-feira um programa de saúde gratuito para crianças.

O ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo, disse a várias estações de rádio locais que a denúncia foi transmitida ao Ministério Público pela autoridade aeroportuária após a entrada no país do brasileiro. Acevedo acrescentou que o mandado de detenção se estende a um irmão do ex-jogador de futebol que viajou com ele, supostamente também com um passaporte adulterado.

O responsável acrescentou que cabe agora ao procurador concluir o procedimento para que o antigo craque brasileiro seja detido pela polícia.

Ronaldinho Gaúcho sob alçada da justiça do Paraguai “o tempo que for necessário”

O antigo futebolista brasileiro Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão Roberto, também antigo jogador, estarão sob a alçada da justiça paraguaia “o tempo que for necessário”, informou o procurador responsável pelo caso.

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Esta quinta-feira, em conferência de imprensa, o procurador Federico Delfino disse que Ronaldinho e o irmão saíram de São Paulo com passaportes brasileiros, mas que entraram no aeroporto internacional de Assunção com documentos paraguaios, que incluem cartões de identidade falsos. Segundo o procurador paraguaio, esses documentos foram emitidos no Paraguai entre dezembro e janeiro deste ano, e a numeração dos mesmos pertence a outras pessoas, que não foram identificadas.

Delfino adiantou que, segundo informações das autoridades brasileiras, os dois irmãos tinham recuperado, entre outubro e novembro, os respetivos passaportes brasileiros, que lhes tinham sido anteriormente retirados por “problemas económicos”. O responsável da justiça disse também que Ronaldinho Gaúcho justificou que os documentos que possuía tinham sido uma oferta de quem os convidou a irem ao Paraguai, mas sem adiantar os nomes.

Juntamente com Ronaldinho e o irmão, foi detido um outro brasileiro, Wilmondes Sousa, que, segundo os responsáveis, poderá ter sido o elemento que deu os documentos aos ex-jogadores antes de se apresentarem no controlo migratório.

Fontes do Ministério do Interior informaram que o departamento de identificações alertou que os passaportes não estavam no sistema e que o alerta foi dado pela Polícia Nacional. Não é claro por que razão o ex-jogador entrou no Paraguai com passaporte quando, entre os países sul-americanos, não é obrigatória apresentação de passaporte, sendo suficiente o uso do documento de identidade interno de cada país.