A cidade de Lisboa e do Porto, principais focos do surto do novo coronavírus em Portugal, estão desertas para esta altura ano. Ou melhor, para qualquer que seja a altura.

Quem anda pelos principais pontos turísticos destas duas cidades praticamente não ouve português. Quem por lá anda são turistas e ainda assim são muito poucos. Quem arrisca (ou é obrigado para trabalhar) a sair de casa não dispensa o uso de máscara e luvas.

Quem saiu à rua numa destas duas cidades na passada semana e saiu agora esta segunda-feira, 16 de março, nota claramente uma grande diferença no número de pessoas que anda na rua e na quantidade que passou a usar máscara. Não são só os turistas que o fazem: motoristas de autocarros, de Ubers, comerciantes e farmacêuticos.

Nas farmácias os produtos estão esgotados: não há termómetros, gel desinfetante, álcool etílico, máscaras e luvas. E há filas. Muitas. Há também quem esteja a vender máscaras, à unidade, no Terreiro do Paço por 5 euros.

16 de março de 2020. A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou a primeira morte causada pelo COVID-19 e quarta-feira Marcelo Rebelo de Sousa decretará estado de emergência, algo inédito na história da democracia portuguesa.

Portugal conta hoje com 331 casos positivos com o novo coronavírus.

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