A Plataforma de Media Privados (PMP) expressou a sua “preocupação face à ausência de um programa de ação dirigido aos media entre as medidas de choque económico anunciadas pelo Governo para fazer face à crise do novo coronavírus, sublinhando que pode estar em causa a “sobrevivência” dos órgãos de comunicação social privados.

A PMP — que é composta pelo grupo Cofina, Global Media, Impresa, Media Capital, Público e Renascença — deixa o alerta que a crise económica que se avizinha por força dos efeitos do novo coronavírus pode comprometer a atividade dos media privados:

“A quebra pronunciada de receitas, os fortes acréscimos de custos, as dificuldades na produção, logística e distribuição de publicações não minam a nossa vontade, mas comprometem seriamente a nossa sobrevivência se nada for feito para apoiar quem pretende manter-se ao serviço de todos.”

A PMP refere que “pelos profundos impacto da atual crise sobre o setor” não espera medidas que fiquem aquém “do que o previsto para os setores do Turismo e da Cultura”, sublinhando que impõe “medidas urgentes” para as quais aquela plataforma está disponível para contribuir.

No mesmo comunicado, a PMP refere aquilo a que chama de “situação de imoralidade fiscal de que beneficiam as plataformas e outros concorrentes globais instalados no nosso território”, numa alusão a motores de pesquisa como o Google ou redes sociais como o Facebook. “A introdução de obrigações sobre estes atores permitiria, a um tempo, mitigar os efeitos orçamentais negativos da crise e introduzir decência no mercado, agora especialmente fragilizado”, sublinha a PMP em comunicado.

A PMP apela ainda a que se mantenham em atividade os pontos de venda de imprensa — uma medida que, por agora, é garantida pelo decreto vigente do estado de emergência.

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