Ao contrário do que costuma acontecer todos os anos, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) estão a preparar respostas sociais para agosto. Creches, jardins de infância e atividades de tempos livres (ATL) deverão manter-se abertas e a funcionar em pleno durante o mês em que o país costuma parar. Tudo para ajudar os pais que, neste momento e graças à atual pandemia, estão impossibilitados de trabalhar por estarem a gozar dias de férias ou por terem sido colocados em regime de layoff ou, pior do que isso, por terem perdido os respetivos empregos.

“Perante a situação atípica que vivemos, este ano, o verão vai ser muito diferente”, reconheceu o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) ao Jornal de Notícias, que este domingo avança a notícia. “Uma coisa parece ser certa: não haverá escola nos meses de verão e os pais, já sem férias, estarão a trabalhar e é preciso que alguém cuide dos bebés e das crianças”, acrescentou o pároco.

Contactado pela Rádio Observador, o padre Lino Maia reconheceu isso mesmo — que todas as instituições que em agosto tiverem condições para abrir, abrirão —, mas também disse que, para já, é tempo de proteger os idosos. “Neste momento a nossa preocupação é a de proteger os idosos, que estão nos nossos lares, que estão apoiados no apoio domiciliário e nos centros de dia, porque são uma população mais frágil, que precisa de facto de muita atenção para que não se alastre o vírus.”

Ao JN, o diretor de três centros sociais em Aveiro confirmou que a abertura de portas para receber as crianças em tempo habitualmente de férias está a tornar-se “cada vez mais real”. Ainda assim, no limite, a decisão de funcionar ou não durante agosto será sempre tomada individualmente, por cada uma das quase cinco mil IPSS em Portugal.

Artigo atualizado às 11h00 com as declarações do padre Lino Maia à Rádio Observador.

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