CUm jornalista e um condutor, ambos funcionários da estação de televisão afegã Khurshid TV, morreram este sábado num atentado bombista em Cabul, no Afeganistão, quando seguiam num miniautocarro no final do trabalho, informaram as autoridades.

Segundo a informação divulgada pelo Ministério do Interior do Afeganistão, a explosão ocorreu cerca das 16:00 (11:30 GMT) no norte de Cabul, quando os homens regressavam a casa no carro da empresa após terminarem o trabalho.

A tutela acrescentou que o alvo era o miniautocarro da empresa, naquele que foi o segundo ataque à Khurshid TV em menos de um ano, após o Estado Islâmico ter confirmado a autoria de um ataque semelhante em Cabul, em agosto passado, que causou dois mortos e três feridos.

Também o diretor emissora privada de televisão, Jawed Farhad, veio confirmar que “um jornalista e o motorista do miniautocarro morreram quando o veículo que transportava 15 funcionários da Khurshid TV foi atingido”.

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A organização de direitos humanos Amnistia Internacional já condenou o ataque e, numa mensagem publicada na rede social Twitter, classificou este como “um crime horrível que mostra os riscos que os jornalistas enfrentam no Afeganistão por fazerem o seu importante trabalho”.

“As autoridades afegãs devem fazer todos os possíveis para proteger os jornalistas e levar os responsáveis à justiça”, acrescentou aquela entidade, vincando que “a impunidade dos ataques a jornalistas tem de acabar”.

O ataque ainda não foi reivindicado por nenhum grupo.

O Afeganistão é considerado um dos países mais mortíferos e perigosos para os jornalistas.

Em 2018, o ano mais sangrento para a imprensa no país, foram assassinados 20 jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação social, tendo-se ainda registado 20 feridos em incidentes relacionados com o exercício da profissão.