Mais de um ano depois de ter sido publicado em inglês, o segundo volume da nova trilogia de Philip Pullman, O Livro do Pó, chega finalmente a Portugal. Com o título A Aliança Secreta, a história passa-se 20 anos após o final do livro anterior, La Belle Sauvage, e sete após a conclusão de O Telescópio de Âmbar, volume que encerrou a trilogia dos Mundos Paralelos (His Dark Materials em inglês), recentemente adaptada à televisão pela HBO.
A Aliança Secreta segue mais uma vez a história da heroína dos Mundos Paralelos, Lyra, agora uma estudante de 20 anos no (fictício) St Sophia’s College em Oxford, universidade que é também frequentada por Malcolm,”outrora, um rapaz num barco com a missão de salvar uma bebé do dilúvio” e “agora um homem com um forte sentido de dever e um enorme desejo de fazer o que é correto”, refere a sinopse disponibilizada pela Editorial Presença, responsável pela edição das obras de Pullman em Portugal.
Neste novo livro, “vão ter de viajar até muito além dos limites de Oxford, através da Europa até à Ásia, em busca de algo perdido, uma cidade habitada por génios, um segredo no coração de um deserto e o mistério do ardiloso Pó”.
A publicação de La Belle Sauvage foi o ponto alto do calendário editorial britânico de 2017. O livro saiu 17 anos depois do volume final da trilogia dos Mundos Paralelos começada em 1995 com os Reinos do Norte. Traduzidos em mais de 40 línguas e com mais de 18 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, His Dark Materials de Pullman já foram várias vezes considerados uma das melhores obras de todos os tempos, juntamente, por exemplo, com O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien.
La Bellse Sauvage recebeu boas críticas no Reino Unido e noutros países. O Observador deu-lhe quatro estrelas em cinco. Os elogios repetiram-se neste segundo volume: o Finantial Times caracterizou-o como um “retrato vivido da transição muitas vezes dolorosa para a autonomia e a idade adulta, ornamentado com um propósito moral onde não deixa de existir ambiguidade ou dúvida”; o The Washington Post descreveu-o “como talvez a mais abertamente filosófica adição a um corpo de trabalho que já transborda de grandes ideias”; e o The Guardian afirmou que Pullman “criou um mundo de fantasia, que tornou ainda mais satisfatório neste novo volume (…). Este é um livro para se envelhecer com ele”.