O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, considera “no mínimo estranho” e de uma “enorme insensibilidade” a ministra do Trabalho e Segurança Social “não ter perdido 15 ou 20 minutos para ler a auditoria que a Ordem dos Médicos fez” ao surto de Covid-19 num lar em Reguengos Monsaraz e que causou a morte de 18 pessoas. Em declarações à TSF, Miguel Guimarães não tem dúvidas de que essa era uma responsabilidade da ministra: “Competia-lhe ler o documento.”

Para o bastonário da Ordem dos Médicos, Ana Mendes Godinho tinha como função “perceber algumas das coisas que estiveram menos bem, e atuar em conformidade” e acusa-a de estar a desvalorizar um relatório. Miguel Guimarães destaca que este é um “relatório factual, baseado em testemunhos de várias pessoas que lá trabalharam”. Para o bastonário “o documento não deixa margens para dúvidas relativamente ao incumprimento das regras impostas pela Direção-Geral da Saúde. São regras básicas como separar os doentes Covid e não-Covid”.

Em entrevista ao jornal Expresso Ana Mendes Godinho admitiu no sábado não ter lido os relatórios sobre o que se passou num lar em Reguengos de Monsaraz. Depois disso a ministra emitiu um comunicado a dizer que a frase utilizada pelo semanário Expresso foi “descontextualizada de forma grave”.

Ministra Ana Mendes Godinho diz ter sido “descontextualizada de forma grave”

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