O primeiro-ministro britânico anunciou esta terça-feira as novas medidas que a Inglaterra terá de seguir para reprimir o aumento no número de novos casos de Covid-19 no país. No discurso que protagonizou a partir do Parlamento, Boris Johnson considerou que o país está a entrar num “perigoso ponto de viragem” e avançou que as medidas deverão permanecer em vigor “talvez durante seis meses”.

Uma das medidas entra em vigor ainda esta terça-feira: todas as pessoas que tenham profissões que lhes permitam trabalhar a partir de casa devem fazê-lo. Só os funcionários de áreas como a construção, a prestação de cuidados de saúde ou atendimento ao público, por exemplo, devem continuar a trabalhar a partir dos locais habituais.

A partir de quinta-feira, entram em vigor outras medidas. Os restaurantes, bares e pubs só podem funcionar em serviço de mesa até às 22h, mas os serviços de take-away podem prolongar-se até mais tarde. Será obrigatória a utilização de máscara dentro de táxis e em todos os locais de restauração, tanto para clientes como para funcionários, sempre que não se esteja a consumir. Quem não cumprir esta regra será multado e os espaços serão encerrados.

Mantém-se a “regra dos seis”, que proíbe ajuntamentos de mais de seis pessoas que não pertençam ao mesmo agregado familiar. Há exceções, avançou Boris Johnson: os casamentos e copos d’água podem receber um máximo de 15 pessoas e os funerais podem reunir até 30 pessoas — números, ainda assim, inferiores aos impostos até agora. Também está suspensa toda a prática desportiva para adultos que ocorra em recintos fechados.

De acordo com Boris Johnson, quem não cumprir estas regras e as outras medidas de contenção já em vigor será multado em até 200 libras (cerca de 218 euros). É um valor muito diferente daquele que havia sido avançado pela comunicação social britânica esta manhã, que falava de multas na ordem das 1.000 libras (mais de 1.087 euros) para impor o cumprimento do distanciamento físico de dois metros entre as pessoas.

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