A maioria dos inquiridos (56,7%) queria, no início do mês, que houvesse público nos estádios de futebol, segundo os resultados da sondagem Intercampus para o Negócios e o CM/CMTV. Mas aproximadamente o mesmo número de portugueses (56,3%) não gostou que a Direção-Geral de Saúde autorizasse a peregrinação a Fátima do passado dia 13 de outubro.

A sondagem foi feita entre 6 de outubro (quando havia 427 casos positivos de Covid-19) e 11 de outubro (1.090 casos). No dia 10, foi atingido o valor mais elevado até à altura (1.646 casos), mas, desde então, a situação agravou-se de forma considerável, tendo atingido mais de 3 mil infeções em 24 horas por duas vezes na última semana.

No caso do 13 de outubro, a sondagem, que foi elaborada antes das cerimónias religiosas se realizarem, 56,3% discordou da autorização da DGS, contra 39,6%. Outros 4,1% não sabem ou não respondem.  Tinha havido, no mês anterior, em setembro, uma experiência que não correu bem, com os acessos ao recinto em Fátima a serem bloqueados depois de se ter atingido a lotação máxima permitida. Para evitar esse problema, a DGS impôs um limite de 6 mil pessoas nas comemorações deste mês, embora o número de participantes tenha acabado por rondar os 4 mil tanto a 12 como a 13 de outubro.

Já no futebol, 56,7% dos inquridos aprovavam público nos estádios no início do mês, contra 36,3%. Outros 7,1% não sabem ou preferem não responder. O primeiro jogo com público no estádio durante a pandemia foi nos Açores, em que o Santa Clara recebeu o Gil-Vicente para o campeonato, a 3 de outubro. Mas só pontualmente as autoridades têm permitido a presença de espetadores noutros jogos, como o Portugal-Espanha, no dia 7, já na semana da sondagem.

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