Depois de ter enviado um comunicado a dar conta de que tinha detido seis suspeitos de tráfico de droga e apreendido elevadas quantidades de droga, no âmbito de uma operação internacional liderada pela FRONTEX em Portugal, em que participou, a GNR enviou um novo comunicado a dizer que, afinal, tinha sido a PSP a apreender a droga.

A GNR começou por informar este sábado que a referida operação internacional, que decorreu em 22 países europeus entre 12 e 23 de outubro, ” possibilitou aos militares da Guarda deter, em Portugal, seis suspeitos de tráfico de droga, e apreender uma tonelada de haxixe e dez quilos de heroína.apreender no total 1.676 quilos de droga, 350 veículos roubados, 1.000 peças auto, 400.000 cigarros e deter 41 suspeitos”

Horas depois, a PSP congratulou-se pelo “reconhecimento da FRONTEX pelos resultados operacionais obtidos em Portugal” no contexto da operação internacional, acrescentando que os seus agentes contribuíram com “a detenção de seis suspeitos de tráfico de droga e a apreensão de uma tonelada de haxixe e 10 quilos de heroína”.

A GNR emitiu, de seguida, um aditamento ao seu comunicado, corrigindo a informação inicial e reconhecendo que a detenção dos suspeitos e a apreensão da droga tinha sido, afinal, “levada a cabo pela Polícia de Segurança Pública e não pela Guarda Nacional Republicana”.

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A operação internacional “Join Action Days Mobile 3”, liderada pela FRONTEX (Agência Europeia da Guarda Costeira e de Fronteiras), tinha como objetivo investigar o roubo e o contrabando de veículos ocorridos no último mês em toda a Europa, adianta a GNR.

“A operação possibilitou ainda deter 13 pessoas nos diversos países por auxílio à migração ilegal e detetar 2.986 migrantes que eram transportados em reboques e em pequenos barcos, muitas vezes roubados, no mar Adriático e ainda a apreensão de mais de 600 quilos de haxixe, a detenção de 22 suspeitos de tráfico de estupefacientes e a deteção de 400.000 cigarros ilegais”, de acordo com os comunicados da GNR e da PSP.

Na operação estiveram envolvidas a Albânia, Áustria, Bósnia Herzegovina, Bulgária, Croácia, Estónia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Kosovo, Letónia, Lituânia, Holanda, República da Macedónia do Norte, Montenegro, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia e Espanha, além da Frontex, a Europol e a INTERPOL.

A operação foi coordenada sob a égide da Plataforma Multidisciplinar Europeia contra as Ameaças Criminais como parte do Ciclo Político da UE, um plano de quatro anos para a luta contra o crime grave e organizado, que reúne autoridades policiais e de aplicação da lei dos Estados-Membros da UE, agências europeias e organizações internacionais para reforçar conjuntamente as fronteiras europeias e a segurança interna.