Um rapaz de 17 anos foi detido esta quarta-feira em Seine-Saint-Dinis, arredores de Paris, por poder estar relacionado com o ataque com uma faca numa igreja de Nice, em que três pessoas foram morreram, avança o Le Monde. O crime, que aconteceu na última quinta-feira, já foi considerado um ataque terrorista e elevou o nível de alerta em França.

O agora detido é suspeito de ter trocado mensagens com o atacante. Já no dia anterior a polícia tinha detido um homem de 29 anos que teria estado com o suspeito Brahim Issaoui. Foram ainda levados pela polícia outros três homens, entre os 23 e os 45 anos, que estavam com ele na mesma casa, mas que acabaram por ser depois libertados.

Estas quatro detenções juntam-se a outras seis que já tinham sido realizadas desde quinta-feira, embora todos os suspeitos tenham sido libertados até agora, com exceção de um tunisino de 29 anos.

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Os jornais franceses explicam que a polícia está a passar a pente fino dois telemóveis que foram encontrados entre os bens do suspeito — que foi baleado pela polícia e que se encontra em estado grave no hospital. O suspeito também testou positivo ao novo coronavírus, pelo que tem Covid-19.

A polícia está a tentar reconstruir o seu percurso desde que saiu da Tunísia até chegar a França e perpetrar o ataque. As autoridades querem perceber se tinha algum cúmplice no ataque que vitimou, ao início da manhã de quinta-feira, uma mulher de 60 anos, Nadine Devillers, o sacristão da Basílica de Notre-Dame-de-l’Assomption,  Vincent Loquès de 55 anos, e Simone Barreto Silva, uma brasileira de 44 anos — que foi esfaqueada várias vezes e ainda se refugiou num café, mas acabou por morrer.

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Para já sabe-se que o suspeito tem 21 anos, era mecânico de motas, e tinha já ficha criminal por violência e droga. Deixou a Tunísia em meados de setembro e há dois anos e meio que, diz a mãe, rezava muito. Foi direto ao sul de Itália, onde ficou em Lampedusa de quarentena com cerca de 400 migrantes. Só chega a Nice a 27 de outubro. O ataque acontece dois dias depois