O número de reclusos infetados com o novo coronavírus baixou esta sexta-feira para 184, mantendo-se inalterados os casos ativos entre trabalhadores do quadro dos Serviços Prisionais e de Reinserção (67) e trabalhadores de empresas externas de serviços à instituição (10).

Segundo resulta de uma nota da Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGRSP), registam-se esta sexta-feira 184 casos ativos entre os 11.226 reclusos, depois de, na véspera, esse número ter atingido os 259. Quanto aos casos clinicamente recuperados entre reclusos, o número avançado é de 295.

Prisão de Tires desconfinada. Há ainda 336 casos ativos nas prisões portuguesas

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A DGRSP, cujo universo envolve cerca de 20 mil pessoas, refere ainda que não há casos ativos entre os jovens internados em centros educativos, sendo quatro o número de casos clinicamente recuperados. Por outro lado, o conjunto de trabalhadores clinicamente recuperados atingem os 160.

Num plano mais detalhado, a DGRSP informa que no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), após realização de testes para critérios de alta aos reclusos positivos, foi concedida alta clínica a 76 destes reclusos por apresentarem resultados negativos.

Esta sexta-feira, no EPL “restam 24 reclusos ainda com diagnóstico positivo à Covid-19”, acrescentando os serviços prisionais que “é expectável o fim próximo do surto e o regresso em breve à normalidade neste estabelecimento prisional”.

Quanto ao Estabelecimento Prisional de Tires (cadeia feminina), a DGRSP indica que, após ter sido dada alta clínica a 110 das 127 reclusas que haviam testado positivo, mantêm-se agora 17 reclusas confinadas e a guardar nova avaliação para alta clínica.

Relativamente aos casos de Covid-19 nos estabelecimentos prisionais de Izeda (Bragança), Guimarães e Faro “mantêm-se inalterados”. Neste grupo de estabelecimentos prisionais continuam suspensas as atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as visitas, com exceção das dos advogados.

Os reclusos, a quem são diariamente entregues máscaras e se encontram sob acompanhamento clínico, mantêm — segundo a DGRSP — o direito legalmente consagrado a recreio a céu aberto e a telefonar. Aos reclusos positivos, genericamente assintomáticos ou com sintomas leves, é assegurada vigilância clínica 24 horas por dia.

A DGRSP reitera que continua apostada, em articulação com a saúde publica, em dar continuidade ao trabalho que permitiu a evolução “muito positiva” dos casos ocorridos nos estabelecimentos prisionais de Tires e de Lisboa. Considera que se tratou de trabalho que permite “perspetivar uma resolução favorável e de curto prazo para as situações ainda existentes” no sistema prisional.