92% dos portugueses estão muito ou bastante preocupados com a crise pandémica e 55% dizem ter sofrido um impacto grande ou muito grande em termos de saúde, revela uma sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias (JN) e para a TSF.

As consequências económicas da crise pandémica preocupam 31% dos inquiridos, enquanto que a saúde e o bem-estar emocional é a resposta escolhida por 21% dos inquiridos. Em termos etários, os jovens são os que estão a sofrer mais, com 69% dos inquiridos a darem nota disso mesmo, sendo que em termos socio-económicos os inquiridos mais atingidos pertencem à classe mais baixa.

Outro dado relevante da sondagem da Aximage prende-se com a mudança radical de perceção sobre o bem-estar social. Antes da crise pandémica, cerca de 79% dos inquiridos estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com a sua respetiva vida social — valor que baixou drasticamente para 27%.

Os inquiridos que se dizem insatisfeitos ou muito insatisfeitos representam agora 49%, sendo que 53% dos mais idosos estão insatisfeitos contra apenas 36% dos que fazem uma avaliação positiva da sua vida social. Antes da pandemia, os idosos eram os que apresentavam mais elevados níveis de satisfação no que toca à vida social: 95%. Valor que agora baixou para os 36%.

A satisfação também diminuiu que toca à vida familiar: desceu 28 pontos percentuais, tendo mais impacto nas mulheres do que nos homens.

O psiquiatra Pedro Morgado destaca ao JN o facto de a vida familiar se ter reconfigurado devido à pandemia do novo coronavírus. “Passámos a viver mais tempo em família o que, em algumas situações, reforçou as disfunções existentes e noutras contribuiu para reforçar os laços.

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