O CEO da Audi, Markus Duesmann, levantou uma ponta do véu sobre a estratégia da marca que dirige para os próximos anos. De acordo com o Wirtschafts Woche, a que a Reuters deu eco, Duesmann afirmou que a Audi está decidida a descontinuar a produção de motores de combustão interna, a gasolina ou a gasóleo, dentro de 10 a 15 anos.

Isto coloca a venda dos últimos Audi com motores de térmicos, sejam eles electrificados ou não, sinónimo aqui de mecânicas híbridas plug-in, algures em 2035. E no pior dos cenários, pois dado o intervalo avançado pelo gestor, o fechar da torneira aos motores poluentes pode acontecer já em 2030.

Mas talvez o pormenor mais curioso deste abrir de jogo, por parte de Markus Duesmann, tenha sido o momento em que o CEO revelou “que a protecção do ambiente e o sucesso económico vão bem em conjunto”. Isto confirma que o Grupo VW acredita na viabilidade financeira dos veículos eléctricos, não daqui a uma eternidade como muitos construtores tradicionais defendem, mas praticamente de imediato. Ou, pelo menos, a partir do momento em que a gama dos eléctricos dentro do grupo adquira uma dimensão interessante.

Este slide da Vokswagen aponta para a marca terminar com a produção de motores de combustão até 2040

Curiosamente, este anúncio do responsável pela Audi surge pouco depois de a Volkswagen ter divulgado um slide em que é possível ver que o final da produção dos seus motores de combustão estará agendada para 2040. Uma decisão difícil, pois isto implica matar veículos como o Golf, o Tiguan e o Passat, os modelos que pagam as contas da VW e do grupo.

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