Morreram mais 275 pessoas com Covid-19 em Portugal nas 24h até à meia-noite desta segunda-feira, o que compara com os 303 óbitos da véspera. Ainda assim, este foi o 10º dia consecutivo com mais de 250 mortos em apenas um dia. A pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde (SNS) continua, porém, a subir a novos máximos.

Segundo o boletim diário divulgado pela Direção-Geral de Saúde, foram confirmados mais 5.805 casos, um número que cai há quatro dias consecutivos. É a contagem de novos casos mais baixa desde 12 de novembro, embora estejamos a falar de um boletim de segunda-feira, que tendencialmente reflete um menor número de novos casos por se reportar às 24h de um domingo (onde poderão ter sido feitos menos testes).

O boletim diário da DGS aponta, assim, para um total de 12.757 mortes com Covid-19 até ao momento em Portugal, com um total de 726.321 casos.

Apesar da redução no número de novos casos e do número de óbitos (embora sobretudo estes últimos continuem perto dos valores mais elevados da pandemia) o boletim diário da DGS dá conta de um “salto” de 175 pessoas no saldo de doentes internados, para um total de 6.869 pessoas. Já na véspera o número tinha aumentado em 150 doentes.

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Destes, 865 doentes estão em cuidados intensivos, o que também é um novo máximo de toda a pandemia. No saldo entre os que foram colocados em cuidados intensivos e aquele que terão saído (por recuperarem ou por não resistirem) há um aumento de 7 neste número de doentes em estado que exige maiores cuidados.

O número de doentes em cuidados intensivos está a subir há quatro dias consecutivos, período em que esta contagem aumentou em 82 pessoas.

Por outro lado, o boletim dá conta de 7.973 doentes recuperados, elevando esse número (acumulado) para 534.384.

Esse número de recuperações (além do número de óbitos) supera a contagem dos novos casos, pelo que desta vez se deu uma descida de quase 2.500 no número de casos ativos, para 179.180. Este é o valor que se constata neste primeiro dia de fevereiro – e que compara com os 74.989 que havia no primeiro dia de janeiro.

O boletim da DGS aponta, também, para mais uma morte de uma pessoa na faixa etária dos 30 a 39 anos de idade, tal como tinha acontecido na véspera. Já morreram 31 pessoas nessa faixa etária, além de 12 que eram ainda mais novas.

Os restantes óbitos incluem, também, um doente com entre 40 e 49 anos, também uma mulher. Aqui já houve 109 doentes a não resistirem à infeção pelo novo coronavírus.

Nas últimas 24 horas houve, ainda, 11 óbitos na casa dos 50 anos, 22 mortes de pessoas que tinham entre 60 e 69 anos e, também, 63 óbitos de doentes que estavam na faixa etária dos 70 anos. Os restantes 177 óbitos ocorreram com pessoas que tinham mais de 80 anos.

E foi, de longe, na região de Lisboa e Vale do Tejo onde foram registadas mais mortes: 149 óbitos nesta região que recentemente ultrapassou o norte como zona com mais mortos e já está à beira dos 5.000 mortos (4.984 esta segunda-feira).

Os 45 óbitos registados no norte, nestas últimas 24 horas, também são superados pelas 51 mortes que foram registadas no centro do país. A estes juntam-se os 21 óbitos no Alentejo e 9 no Algarve.

A região de Lisboa e Vale do Tejo não só lidera nas mortes mas, também, nos novos casos. Entre os 5.805 novos casos confirmados no país, 3.370 surgiram na região onde se situa a capital – isto é, 58% do total.

Aqui, porém, continua a haver menos casos registados, em termos acumulados, do que no norte (265.407 contra 307.412), mas a manter-se esta tendência também aí poderá existir uma inversão. No norte houve 1.180 novos diagnósticos nestas 24 horas até à meia-noite desta segunda-feira – ou seja, em Lisboa e Vale do Tejo houve praticamente o triplo de novos casos em comparação com o norte.

Somam-se a estes os 559 novos casos no centro, 409 no Alentejo e 205 no Algarve. Na Madeira, por seu turno, houve mais 56 diagnósticos e nos Açores mais 26.