O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, falou esta segunda-feira com o Primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, onde deixa claro o seu “apoio” a um cessar fogo por parte de Israel — naquele que é o oitavo dia seguido de confrontos com Palestina.

Joe Biden reiterou o seu “firme apoio ao direito de Israel se defender contra ataques de rockets indiscriminados” e “saudou os esforços para enfrentar a violência intercomunitária e trazer calma a Jerusalém”, lê-se num comunicado da Casa Branca.

Nesse mesmo telefonema, Joe Biden e Benjamim Netanyahu falaram ainda sobre o “progresso das operações militares de Israel contra o Hamas e outros grupos terrorista em Gaza” e o “envolvimento dos EUA com o Egito e outros parceiros” para o cessar fogo.

Médio Oriente. Joe Biden vai conversar de novo com Netanyahu para discutir conflito

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os Estados Unidos da América — um dos grandes aliados de Israel — bloquearam, pela terceira vez, o que teria sido uma declaração unânime das 15 nações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), onde se manifestaria a “grave preocupação” com o agravamento da tensão entre Israel e Palestina, segundo a AP.

O país tem neste momento outras prioridades no que toca à política externa — nomeadamente com a China —, mas esquecer o Médio Oriente pode trazer consequências a logo e a médio prazo, se a violência naquela zona continuar a aumentar.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, e o assessor de segurança nacional, Jake Sullivan, disseram que os EUA estão concentrados numa “diplomacia silenciosa e intensiva”, que até agora tinha recusado criticar a participação de Israel nos conflitos. Esta resposta foi alvo de críticas. Alguns parceiros dos Conselho de Segurança da ONU, assim como alguns democratas pediam a Joe Biden que expressasse uma posição mais direta e ativa — com o objetivo de pôr fim à violência.

Pelo menos 200 palestinos foram mortos nos ataques até esta segunda-feira -— incluindo 59 crianças e 35 mulheres — e contabilizam-se 1.300 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Dez pessoas em Israel foram mortas em ataques com foguetes lançados de Gaza, incluindo um menino de 5 anos e um soldado.