O Conselho de Estado destacou, esta quarta-feira, a importância da NATO como “instituição político-militar promotora da paz, da segurança e das relações transatlânticas”, frisando a sua capacidade “de se adaptar e enfrentar novos desafios”.
O órgão político de consulta do Presidente da República esteve reunido durante a tarde desta quarta-feira, em Cascais. A reunião contou com a presença do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, de passagem por Portugal. Stoltenberg participou no encontro a convite de Marcelo Rebelo de Sousa, para apresentar uma exposição introdutória relacionado com o tema “NATO, situação e perspetivas”.
Na nota informativa das conclusões do Conselho de Estado, divulgada após o fim da reunião, pelas 18h, o Conselho de Estado adiantou que no contexto das intervenções dos conselheiros foi:
“destacada a importância da Aliança Atlântica como instituição político-militar promotora da paz, da segurança e do reforço das relações transatlânticas, fundada nos valores da liberdade, dos direitos humanos, da democracia e do Estado de Direito, bem como a capacidade de se adaptar e de enfrentar os novos desafios que exigem uma maior coesão interna e cooperação entre os Estados-membros.”.
A passagem de Jens Stoltenberg por Portugal acontece num momento particularmente tenso da política internacional, após o avião comercial onde seguia o jornalista Roman Protasevich, crítico do regime bielorrusso, ter sido desviado e obrigado a aterrar em Minsk. Protasevich foi detido.
Também esta quarta-feira, após uma reunião com António Costa, Stoltenberg saudou as sanções europeias à Bielorrússia e exigiu a “libertação imediata do jornalista detido, bem como dos outros prisioneiros políticos do regime bielorrusso, nomeadamente os cidadãos europeus”. “Tem de haver investigação internacional para este incidente ultrajante”, desafiou.
A situação “revela o quão longe o regime de Lukashenko está disposto a ir no confronto com as forças democráticas do Ocidente”, rematou sem deixar de antes referir que a UE conta com o apoio da NATO que apela a uma ação “conjunta” nesta matéria.