Bélgica, Alemanha, Luxemburgo e Suíça. Todos estes países da Europa central estão a sofrer inundações nunca antes vistas. Até agora, contabilizam-se mais de uma centena de mortos na Alemanha e na Bélgica, e mais de mil pessoas estão desaparecidas. A causa: chuva, muita chuva num curto espaço de tempo. Ao Observador, Ricardo Tavares, meteorologista no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), explica que uma “região deprecionária na Europa central está a causar este tempo severo”. Porque foram estes países apanhados de surpresa e o que pode explicar tantas vítimas? As causas apontadas têm sido várias, mas ministra alemã do ambiente elege o principal culpado: “As alterações climáticas chegaram”, escreveu Svenja Schulze no Twitter.
Der #Klimawandel ist in Deutschland angekommen. Die Ereignisse zeigen, mit welcher Wucht die Folgen des Klimawandels uns alle treffen können und wie wichtig es ist, sich künftig noch besser auf solche Extremwetter-Ereignisse einzustellen. (3/3)
— Svenja Schulze (@SvenjaSchulze68) July 15, 2021
Sobre hipótese deste “tempo severo” ser ou não fruto do aquecimento global ou tratar-se de um fenómeno atípico, o IPMA não se pronuncia. Principalmente na Alemanha, o caso está a ser visto com perplexidade e promete colocar as alterações climáticas na discussão política — principalmente num ano de eleições no país. A Chanceler alemã, Angela Merkel, que está neste momento na capital dos EUA, Washigton D.C, assume o choque e lamenta a perda de vidas humanas “neste desastre”. A governante adiantou também: “Ainda não sabemos o número [total de mortos], mas serão muitos”.
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