Os dragões-de-komodo, os maiores lagartos a habitar a Terra, passaram de espécie vulnerável para espécie em risco de extinção. Um relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), publicado no sábado, alerta para o impacto das alterações climáticas nestes animais. É expectável que o aumento da temperatura global e a consequente subida do nível do mar reduzam o habitat apropriado para esta espécie em, no mínimo, 30%, nos próximos 45 anos.

Os Varanus komodoensis, endémicos da Indonésia, habitam apenas o Parque Nacional de Komodo (Património Mundial da UNESCO), situado numa porção do território indonésio, e a ilha vizinha Flores. Como explica a IUCN, atualmente a população do parque encontra-se estável e bem protegida, mas os que habitam as zonas não protegidas das Flores já estão ameaçados pela “significativa” perda de habitat em consequência da atividade humana.

Citado pelo relatório, o diretor de conservação da Sociedade Zoológica de Londres admite que a ideia de estes animais pré-históricos terem dado mais um passo em direção à extinção, “devido em parte às alterações climáticas”, é “aterrorizante”. Mais, é também mais uma chamada de atenção “gritante” para que a natureza seja colocada no centro de todas as tomadas de decisão, nas vésperas da 26.ª Conferência das Alterações Climáticas da ONU.

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