A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, denunciou no Twitter estar a ser alvo de “injúrias, ameaças e tentativa de coação” desde que assumiu a liderança do partido e apresentou algumas mensagens privadas recebidas para o demonstrar.

A deputada promete não se calar e garante que levará as mensagens recebidas ao Ministério Público: “Estas mensagens são apenas puro ódio destilado, mas que não podem passar inconsequentes”.

“Aceito e respeito quem tem ideias diferentes das minhas e do partido que represento, debatendo-as de forma séria e respeitadora, mas não aceito, nem tolero de forma alguma que alguém se sinta no direito de me ameaçar, ofender ou até procurar coagir”, escreveu Inês de Sousa Real.

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A deputada questiona-se “como é que alguém se sente no direito de ofender e ameaçar outra pessoa” e como permitimos, enquanto sociedade, o “desrespeito profundo (…) em torno de quem assume funções num órgão de soberania”.

Há cerca de um ano, um estudo mostrava como as mulheres eram um alvo frequente de ataques online (cyberbullying), sobretudo através do Facebook, Instagram e WhatsApp. Os resultados indicavam, por exemplo, que 38% das inquiridas tinham sido alvo de assédio por utilizadores anónimos das redes sociais.

“Com o aumento da participação política das mulheres, veio um aumento alarmante no assédio online contra essas mesmas mulheres, colocando a liberdade de expressão e os direitos políticos das mulheres sob ameaça”, referia o Centro para os Estudos Estratégicos e Internacionais. “Isso faz parte de um padrão mais amplo de assédio online voltado especificamente para mulheres nos seus diversos papéis como políticas, ativistas e líderes.”