O primeiro-ministro australiano veio a público defender a decisão tomada pelo seu Governo de trocar a encomenda com a França para a compra de submarinos por um novo negócio com os Estados Unidos e o Reino Unido. Depois das palavras duras vindas de Paris, que acusou os protagonistas do outro lado desta polémica de mentirem, chamando mesmo os embaixador em Camberra e Washington, Scott Morrison deixou reafirmou a posição do seu país:

“Não me arrependo da decisão de pôr o interesse da Austrália em primeiro lugar”.

Paris acusa EUA e Austrália de mentirem sobre contrato de submarinos e adverte para impacto na NATO

O primeiro-ministro australiano compreende o “desapontamento” de Paris perante o cancelamento de uma encomenda avaliada 40 mil milhões de dólares (um valor que será superior hoje).  Mas segundo Morrison, as dúvida australianas sobre o negócio assinado com a França em 2016 estavam a ser colocadas há meses e que essas preocupações foram comunicadas ao Governo francês, incluindo ao ministro da Defesa. O negócio com os Estados Unidos terá sido revelado publicamente antes da Austrália comunicar o fim do contrato à França.

A Austrália avançou para um novo acordo tripartido para comprar submarinos aos Estados Unidos, anúncio que provocou uma crise diplomática inédita entre a administração Biden e o aliado francês que poderá até, ameaçou já o Governo de Paris, alastrar à NATO. Uma das políticas que pode sair fragilizada é a aliança entre os Estados Unidos e a Europa para contrabalançar o poder crescente da China.

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